Um Picasso
de Jeffrey Hatcher
encenação Eduardo Tolentino
com Anna Bustorff e Rui Madeira
Paris ocupada pelos alemães. A
Gestapo “quer” uma obra de Picasso para uma “vernissage”. Picasso, é levado
para um bunker, onde conhece uma atraente loura que está ali em missão secreta:
obter a autenticação de Picasso em, pelo menos, um de três auto-retratos do
artista. Pretende incluir Picasso numa vernissage com obras de Klee, Miró e
Leger. Depois de uma apaixonante esgrima verbal entre o artista e a agente,
Picasso acaba por assumir os três desenhos, de diferentes períodos da sua vida.
Feliz pela missão cumprida e pelo desenrolar da relação entre eles, Fraulein
Ficher convida Picasso a sair dali com ela e o pintor indaga onde e quando
ocorrerá a exposição? Pela resposta evasiva percebe que se trata afinal de uma
manifestação nazi onde se queimarão obras de “arte degenerada”. A reacção de
Picasso é violenta, passando a negar a autenticidade dos desenhos, com a agente
a exigir uma justificação mais plausível. Picasso satisfaz com argumentos a
exigência e deixa a loura sem o objectivo final da sua visita: uma obra
autenticada. Depois de mais uma luta verbal intensa e estimulante, o artista
começa a desenhar a própria Fraulein, continuando o jogo de sedução entre eles.
Picasso acaba por destruir o retrato e tenta violá-la. Na luta, ela cospe-lhe
no rosto e ele volta ao desenho para tentar captar a raiva da mulher,
incentivando-a a despir-se…
Rui Madeira
autor
Jeffrey Hatcher | tradução
Brian Head | encenação e espaço cénico Eduardo Tolentino de Araújo* | elenco Ana Bustorff, Rui Madeira | figurinos
Manuela Bronze | ambiente
sonoro Pedro Pinto** | criação
vídeo Frederico Bustorff Madeira** | desenho
de luz Antonio Simón | design
gráfico e fotografia Paulo Nogueira
*Diretor do Grupo TAPA, fundado em 1979 no Rio
de Janeiro
**Centro de Criação de Vídeo e de Som RODAVIVA
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